13 LIÇÕES PARA COORDENADORES DE ESCOLA NA RESOLUÇÃO DE CONFLITOS

As 13 lições para resolução de conflitos com pais que reclamam da escola.
De um lado, os professores reclamam que os pais não se interessam pelos alunos e que são irresponsáveis em acompanhar os filhos na escola, por outro lado, ouço os alunos dizer que os professores não estão interessados por eles, e sim pelo pagamento no final do mês, nesse meio termo, os pais reclamam das notas baixas dos alunos e que ele deveria ser comunicado, ora, afinal, quem está falando a verdade, só tempo vai dizer.
Os coordenadores pedagógicos das escolas são os escudeiros nesse contexto, e que precisa ter paciência em receber esses pais de alunos que se dirige à escola de cabeça quente e irritado, e muitas vezes não conseguem compreender a atividade árdua nessa missão de coordenador de escola. Além de acompanhar de perto os professores, tem que resolver os conflitos internos, professor x professor, aluno x aluno, e aluno x professor, competência esta, cabendo ao diretor de escola tal missão, assim se observa a sobrecarga que sobrepõe os coordenadores, muita cobrança, resultados e metas a atingir.
Muitos pais extrapolam seus limites, chegando ao ponto de agredir verbalmente os coordenadores de escolas, não percebem que os filhos em casa se comportam de uma maneira, mas na escola, junto com os amigos é outra realidade, tem alunos que nem entrega o comunicado aos pais, com medo de uma surra ou qualquer outra forma de violência, outros mentem a seus pais que é conversa mole da escola, e tudo é uma invenção e mentira dos coordenadores, assim os pais terminam não averiguando a veracidade do fato, e se precipitam por proteger de mais seu filho e agredir em tudo o que ele diz.
Quando o assunto é receber os pais dos alunos na escola, acredito que algumas questões sempre ficam na cabeça do coordenador pedagógico: o que fazer com as reclamações vindas dos pais sobre o corpo docente da escola? Como encaminhar as críticas? De que forma falar com os professores para que eles não se sintam desmotivados e melindrados? Não é fácil!
O quorum de pais de aluno é baixo, apenas 10% a 15% comparecem nas escolas, a escola marca uma reunião e são poucos os que aparecem, mas nas entregas dos boletins e nas reclamações o número presente é considerável, a final, por que acontece esse fenômeno? Os pais não se interessam ou o discurso da escola é sempre o mesmo. Já ouvir nos corredores das escolas, pais dizendo que “só é besteira deles”, “sempre ouço isso”, ou “só cobrança”.
Portanto, é necessário uma orientação aos professores para que, na primeira reunião, contem para os pais dos alunos sobre seus trabalhos, perspectivas, metodologias de ensino e avaliação, sobretudo, a dinâmica da aprendizagem, os cuidados que devem ter em acompanhar melhor o filho na escola. Diante desse cenário, aqui estão as 13 lições para o coordenador resolver os conflitos com pais que reclamam da escola: 

1. Tenha em mãos a lista de presença dos alunos, uma planilha de acompanhamento de avaliação e o livro de reuniões com pais, assim são ferramentas básicas para início de conversas;
2.    Não discuta ou entre em conflitos com pais de alunos, eles precisam apenas ser ouvidos primeiramente, ouça com atenção, seja educado e sempre disposto a ajudar e contribuir para o processo de aprendizagem, transferir para outra escola não é a solução;
3.    Confronte os pais com a verdade, ou seja, se ele de fato, acompanha os filhos na escola, fale pra ele do início das aulas até aquele presente momento, quantas vezes ele foi à escola, e procure articular com o professor reclamado a fazer uma reflexão de suas atitudes, talvez o problema não seja como o aluno, e sim com o professor que deve está passando por algum problema sério, e que procura descarregar suas frustrações e descontentamento;
4.   Oriente o professor que os problemas que acontecem em sala de aula e que foge a responsabilidade dele devem ser compartilhados, e evitar jogar para debaixo do tapete os problemas, passando uma falta impressão de professor ideal e bonzinho demais com a turma;
5.    Não se omita professor, afinal, todos os problemas envolvendo alunos, a equipe de coordenação pedagógica da escola deve está ciente;
6.    As reclamações que ouço dos alunos é a difícil situação do professor estúpido, e que não tem bons modos e maneiras de tratar os alunos, é um exemplo típico de violência simbólica.
7. John Dewey já dizia: "Os homens nunca usaram totalmente os poderes que possuem para promover o bem, porque esperam que algum poder externo faça o trabalho pelo qual são responsáveis."
8. Todo os problemas na escola deve ser compartilhado com os demais profissionais da educação, atribuindo a cada um responsabilidades, e a divisão da fatia de bolo do problema a cada um dos atores na escola, ou seja, desde o porteiro até o gestor da escola, a escola deve pensar num todo;
9.   Todas as reclamações dos pais, desde aquelas mais banais até as séries devem ser levado em consideração, assim anote suas sugestões e registre as reclamação dos pais, de maneira que possa satisfazer os anseios deles junto ao professor ou aos órgãos competentes a que tem direito;
10. É necessário que a escola dê um resposta as reclamações dos pais e crie um estratégia para evitar aqueles problemas mais comuns que acontecem nos corredores, sala de aula, banheiros e na hora do recreio;
11. Evite expor o professor ao ridículo e vexame junto aos pais dos alunos, eles são profissionais e passíveis de erros inevitáveis;
12. Seja ético, procure resolver os problemas de modo que o fato não se torne público, tornando a situação desagradável e desmotivadora para o professor;
13. Use sempre o diálogo é a melhor arma da educação;

Portanto, aprendemos com  John Dewey: “A educação é um processo social, é desenvolvimento. Não é a preparação para a vida, é a própria vida."

Jonilson Cabral dos Santos – 3º SGT PM
Esp.Gestão de Pessoas/Pedagogo

Um comentário:

Compartilhando Saberes disse...

Parabéns Jonilson pelo trabalho, as 13 lições são importantes no processo de vivência no espaço escolar.
Keline

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