NOVE PASSOS PARA IMPOR LIMITES
1. Não se explique demais
“Quando pedimos para uma criança fazer algo ou para parar de fazê-lo,
nosso hábito é de seguir com uma grande explicação de porquê tal ação é
necessária. Se nossos filhos não respondem à primeira explicação, pensamos que
ela não teve apelo para eles (ou que eles apenas não a entenderam) e, então,
gastamos tempo e energia em tentar convencê-los novamente”, explica Diane.
Se a criança não entendeu porque está sendo solicitada a fazer ou deixar
de fazer algo, dificilmente ela será convencida por mais e mais explicações. O
que ela precisa entender é que tudo o que você pede é para o bem dela – e assim
será até ela crescer.
2. Não dê mais de um aviso
“Ao dar várias chances e avisos, nós mostramos às crianças que não
acreditamos naquilo que dizemos e que não esperamos uma ação efetiva até darmos
muitos e muitos avisos”, diz Diane. “A maioria das crianças entende que
enquanto os pais estão nesse ‘modo de aviso’, nada irá acontecer com elas”.
Portanto, seja firme.
3. Não adule
Você se pega usando frases como “se você arrumar seu quarto, ganha um
chocolate” ou “faça toda a lição e te dou um brinquedo” com frequência? Pense
melhor. “Quando os adultos se esforçam adulando e coagindo as crianças para que
elas façam o que devem, isso significa que só os pais estão fazendo o trabalho
duro, enquanto os filhos esperam uma recompensa convincente o bastante para
encorajá-los a começar uma tarefa que não é mais que obrigação deles”.
4. Não suborne
As crianças devem ser acostumada a agir dentro de um senso de obrigação.
“Se o único jeito de conseguirmos fazer com que as crianças façam o que
mandamos é oferecendo algo, nos deixamos vulneráveis a ter que pensar em
maiores e melhores ‘mimos’ com o tempo. Além disso, essa ação dá às nossas
crianças a permissão de perguntar ‘o que você me dará se eu fizer isso?’ – e
esse não é um bom hábito para se encorajar”, resume Diane.
5. Não ameace
Ameaças funcionam com "se você não fizer isso.. então eu irei…”.
Diane explica que, assim, você abre um contrato e isso dá margem para a criança
negar a oferta. "Aprendi essa lição muito cedo com o meu primeiro filho.
Quando dizia 'Robert, se você não guardar seus brinquedos agora, não iremos ao
parque essa tarde', ele apenas respondia 'tudo bem'. E eu ficava sem saber para
onde ir", relembra.
"Outro problema em ameaçar é que, se você fala que irá fazer algo,
é obrigado a cumprir isso. A maioria das ameaças que tem como objetivo
persuadir a criança a fazer o que foi pedido nos pune mais do que a elas",
explica Diane. E exemplifica: “Os pais ameaçam: 'Se você não fizer isso
imediatamente, não verá mais TV pelos próximos três dias'. É mais provável que
a vida de quem fique mais difícil com essa ameaça?".
6. Não puna
Segundo Diane, algumas crianças aprendem através das punições, mas
muitas se tornam ressentidas, irritadas e se sentem tratadas de forma desleal.
“Também, se usarmos a punição, nossos filhos podem simplesmente aprender como
aguentá-las – e voltarem a fazer aquilo que tentamos evitar”, afirma.
Mas se os pais deixarem de explicar, avisar, adular, subornar, ameaçar e
punir, o que eles podem fazer? Diane sugere uma estratégia simples, com três
passos: peça, diga e aja.
7. Peça uma vez só
Diane recomenda que os pais simplesmente peçam o que deve ser feito e
observem a resposta do filho. Isso dará a eles uma informação importante.
“Quando as crianças se negam a fazer o que foi pedido, eles usualmente
expressam uma das três formas a seguir: tristeza, irritação ou distanciamento”,
ensina ela.
A tristeza é simbolizada por chateação. “Eles parecem ofendidos e dizem
‘por que eu?’”, descreve. A irritação se manifesta em confronto: “eles discutem
e acusam você de ser injusto com eles”. O distanciamento é caracterizado por
indiferença. “Eles ignoravam você, olham para outro lado e continuam o que
estão fazendo”, completa Diane. “Tudo isso significa que a criança não fará
aquilo que pediu”. Mas como reagir?
8. Diga de maneira enérgica
“Vá até o seu filho – isso pode ser um pouco difícil para os pais, pois
significa que eles terão que parar aquilo que estavam fazendo, levantar e ficar
do lado da criança”, orienta Diane. Segundo ela, a presença próxima vale a
pena. “Uma vez que aparecemos perto da criança, ela sabe que isso significa que
ela terá que fazer o que foi pedido”.
A autora recomenda que os pais falem baixo – isso mostra que eles estão
no controle tanto da própria voz quanto da criança – e que olhem seu filho nos
olhos.
9. Aja
Se seu filho não respondeu a nenhuma das ações anteriores, você precisa
fazer algo. “A coisa mais efetiva que você pode fazer é usar a ‘distância
emocional’ até que ele esteja pronto para fazer o que foi pedido”, aconselha
Diane. “Pegue-o no colo ou pela mão e o leve para o quarto. Diga firmemente
‘você é bem-vindo para se juntar à família assim que estiver pronto para fazer
o que pedi’, e deixe-o sozinho”, completa. Lembre-se: o seu filho tem o poder
de se reunir à família ao fazer o que lhe foi pedido.
Quando as crianças são maiores – e
tirá-las do lugar é mais difícil – Diane recomenda que os pais apenas
determinem consigo mesmos: “eu não farei nada até que ele esteja pronto para
fazer aquilo que eu pedi”. E continuem com o que estiverem fazendo,
normalmente. “Quando a criança aparecer com um pedido, você pode calmamente lembrá-la
de que ficaria feliz em atendê-la, assim que ela fizer aquilo que foi
estabelecido (e ignorado) anteriormente”, diz a autora. “Ele pode fazer duas ou
três tentativas para chamar sua atenção, mas vai acabar entendendo que precisa
fazer o que foi solicitado pelos pais”, finaliza.
Autora: Diane
Levy